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INDEPENDÊNCIA OU MORTE?



(Um possível estado de coma?)
Hoje é 7 de setembro de 2010!


São 188 anos de emancipação. Fato que não foi um ato isolado do príncipe D. Pedro (mas está certo ele ficar com os créditos, afinal de contas foi ele quem foi lá nas margens do rio Ipiranga grita a "célebre frase" não é?),na verdade a data marca um acontecimento que integra o processo de crise do Antigo Sistema Colonial, iniciada com as revoltas de emancipação no final do século XVIII.
A independência do Brasil, restringiu-se à esfera política, não alterando em nada a realidade sócio-econômica, que se manteve com as mesmas características do período colonial. "Mudou" a política, mas o panograma socioeconomico continuou sem alterações. O que hoje apresenta-se com um "novo visual" em relação as multinacionais. Sabemos que somos DEpendentes delas. Uma vez que temos uma divida que não tem fim. E ao que parece não adianta pagar, pois se me recordo bem, já ouvi falar em outras ocasiões, assim como hoje mesmo no horario político (vejam só) que ela já foi paga várias vezes, mas a conta é grande meu povo e ela continua existindo.
Parece que ainda vamos ter muitos anos de dependência. Mas vamos continuar comemorando o 7 de setembro.É importante que possamos nessa data (além de descançar) discutir um pouco sobre o assunto. Procurar saber o que realmente aconteceu no dia 07 de setembro de 1822 nas margens daquele rio e principalmente porque aconteceu.
As últimas décadas do século XVIII foram marcadas por movimentos de emancipação: a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana. Foram os primeiros movimentos sociais da história do Brasil a questionar o pacto colonial . Era o começo de toda a história. Começo que quase ninguém lembra. Tenho a leve impressão de que brasileiro tem memória generalizada, não se prende a detalhes, não costuma dar muita importância aos PROCESSOS que levam aos resultados.Porque o que importa mesmo é o resultado, não é? ( Que diga o Dunga, agora na copa de 2010)
A independência do Brasil não marcou nenhuma ruptura com o processo de nossa história colonial. Pois as bases sócio-econômicas (trabalho escravo, monocultura e latifúndio), que representavam a manutenção dos privilégios aristocráticos, permaneceram inalteradas. O "sete de setembro" foi apenas a consolidação de uma ruptura política, que já começara 14 anos atrás, com a abertura dos portos.



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2 comentários:

Juliana Dias

Para uma professora de Português, seu conhecimento em História me deixou feliz! Pois sou professora de história! Ótima reflexão!

Vi que vc está seguindo meu Blog Historinhas Cotidianas. Se puder e quiser, siga meu outro Blog www.vivaedeixeviverjulianadias.blogspot.com

'Euridene Costa

Olá Juliana Dias,

Primeiro fiquei muito feliz em saber que você também está nos seguindo. Seja muito bem- vinda ao Rio de palvras, oceano de ideias!
Quanto ao blog Viva e deixe viver, já passei por lá também e sigo contigo querida.
P.S: Acho que (AINDA) não posso dizer que sou prof. de Português, pois estou concluindo meu curso. E esse blog faz parte justamente da minha monografia que será defendida em janeiro do prox. ano. (Se Deus assim permitir.)
Obrigada pela interação e o elogio.

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'Ele entendida das coisas!

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"O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é CORAGEM..(Guimarães Rosa)
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