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segunda-feira, 30 de agosto de 2010
in by 'Euridene Costa
E finalmente as férias chegaram... meu trabalho acabou e o momento agora é de concentra-se exclusivamente em minha monografia. Esses dias (os dois últimos para ser mais precisa) ensinaram-me que preparar uma sequência didática "salvadora da pátria" não é fácil. Preciso construir uma sequência didática muito boa, que funcione e que seja capaz de superar meus objetivos, planejada e eficiente, afinal de contas no fundo ela será meu argumento de defesa. Uma vez que o "charme" da minha monografia é a metodologia aplicada. Estou preocupada novamente com o tempo, pois ele "escorre pelas mãos" e sinceramente nunca tive muito domínio de retensão ou aproveitamento máximo (confesso que me deixo enterter em meio ao turbilhões de 'vidas' que tempos. ) Muita coisa me distraí =/. Mas resisto,sei que pensar exige isso. (às vezes um certo distanciamento). Tenho lido muita coisa (algumas muito boas outra nem tanto), feito algumas seleções de ideias, planejado algumas estratégias e fiz uma releitura de tudo que escrevi até o momento. Continuo acreditando nela. Continuo pensando que vai dar certo, que vai ser boa a experiência. Entendo que escrever é um desafio, não há como ser fácil, pois o ato da escrita nos exige pensamento, planejamento, conhecimento, disposição, revisão... e tudo isso exige tempo, amadurecimento, busca, angústia, alegria...
Em minha buca por material, por algo que possa guiar-me nesse caminho tão desconhecidopor mim encontrei uma crônica muito boa que fala justamente sobre o ato de escrever. Vejam:
CANTEIRO DE PALAVRAS
Nilson de Souza (Jornalista, cronista e editor de opinião do Jornal Zero Hora.)
Qual é o seu ofício – me pergunta com certa formalidade o simpático velhinho da fila do banco, depois do cumprimento habitual e do comentário sobre o tempo, rotinas que servem para quebrar o gelo (no nosso clima, literalmente) entre desconhecidos circunstancialmente íntimos pela espera compartilhada. Quase digo que sou jornalista, mas me policio porque conheço o poder inibidor da minha profissão.
– Vivo de escrever! – respondo no mesmo tomevasivo, tentando decifrar o efeito da resposta no seu olhar enrugado. Lembro de um escritor que falou coisa semelhante para uma empregada de poucas luzes e recebeu de volta um comentário um tanto surrealista, provavelmente buscado nos anúncios de empregos dos jornais:
– Ah, o senhor tem redação própria?
Mas o meu interlocutor momentâneo não manifesta qualquer curiosidade sobre o gênero dos meus escritos, se preencho notas fiscais ou elaboro poemas parnasianos. Está mais interessado em mostrar suas duas mãos, dois conjuntos desarmônicos de calos e cicatrizes.
– Eu sou cortador de pedras – me diz com indisfarçável orgulho de quem detém um dote raro.
Antes que a fila ande, tenho tempo ainda para ouvir algumas explicações sobre a arte de tirar paralelepípedos da rocha bruta, sobre as ferramentas que usa e sobre a quantidade de peças que produz. Ouço em silêncio para não perturbar a narrativa, mas seu trabalho não me é estranho.
Perto de minha casa há uma pedreira. Conheço a faina dos homens empoeirados que lá labutam. De vez em quando fico ouvindo a distância o martelar dos canteiros e pensando na célebre fábula sobre perseverança, escrita por Jacob Riis, que tem como personagem exatamente um cortador de pedras. Diz mais ou menos o seguinte: “Quando nada parece dar certo, eu observo o homem que corta pedras. Ele martela uma, duas, centenas de vezes, sem que uma só rachadura apareça. Porém, na centésima primeira martelada, a pedra se abre em duas. E eu sei que não foi aquela pancada que operou o milagre, mas todas as que vieram antes”.Pois escrever, me dou conta enquanto preencho o cheque, não deixa de ser um processo semelhante. A gente martela centenas de vezes até que brote do cérebro (ou do dicionário) a palavra adequada, talvez a única capaz de servir à construção literária planejada. Nem sempre se consegue. A não ser que o canteiro de letras tenha o talento daquele escultor de estátuas eqüestres que explicava com simplicidade como conseguia tal perfeição: – Eu tiro da pedra tudo o que não seja cavalo.
"O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é CORAGEM..(Guimarães Rosa)
Decisão
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“Então eu tomei uma decisão. Chega de viver no passado, porque o passado
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flác...
Esse blog é um "pedacinho" da minha monografia sobre "O processo de ensino/aprendizagem do gênero artigo de opinião escolar". Corresponde uma das etapas desenvolvidas para o II Capítulo: Procedimento metodológico e representa os resultados obtidos em minha pesquisa na área de linguística aplicada.
'Sobre a escola
A pesquisa foi realizada na Escola de Ensino Médio Lauro Rebouças de Oliveira - Clique e conheça um pouco mais.
Página reservada às publicações dos artigos de opinião escolar produzidos pelos alunos participantes da Oficina de Produção Textual: T...
'Segue com a gente!
Aqui sua opinião é importante!
'O mundo gira em torno delas
Sobre LER
Ler rapidamente aquilo que o autor levou anos para pensar é um desrespeito. É certo que os pensamentos, por vezes, surgem rapidamente, como num relâmpago. Mas a gravidez é sempre longa. Há frases que resumem uma vida. Por isso é preciso ler vagarosamente, prestando atenção nas idéias que se escondem nos silêncios que há entre as palavras. Eu gostaria que me lessem assim. Quer eu escreva como um poeta, no esforço para mostrar a beleza, ou como palhaço, no esforço para mostrar o ridículo, é sempre a minha carne que se encontra nas minhas palavras. Rubem Alves in Ostra Feliz Não Faz Pérola
O longa “O Grande Desafio” é estrelado e dirigido por Denzel Washington.A trama traz a jornada do brilhante, mas volátil, professor Melvin Tolson que, usa de métodos pouco convencionais, sua visão política e o poder das suas palavras para motivar um grupo de alunos do Wiley College, do Texas, a participar de um campeonato de debates na Universidade de Harvard. O filme é um ótimo exemplo de construção argumentativa oral (o debate)
Todas as imagens que não possuir referência de autoria foram retiradas da internet, dos sites: weheartit, .gettyimages,deviantart. Não possuem créditos pois não foi identificado sua autoria. Dessa forma segue aqui os créditos gerais.
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